sexta-feira, 11 de abril de 2008

Em defesa do Transporte Público!





ESTUDANTES E TRABALHADORES ENFRENTAM NAS RUAS, O SINCOL E A PREFEITURA
Porque as barricadas fecham as ruas, mas abrem o caminho!




Os estudantes secundaristas e universitários, com o apoio e participação de alguns sindicatos e movimentos populares, tem demonstrado nas ruas que não vão engolir o novo aumento da passagem e a situação caótica pela qual passa o transporte coletivo, sem nenhuma resistência.

Diversos atos de rua já foram feitos. No dia 11 de fevereiro trancamos por algumas horas a BR 116, em frente a UEFS, e levantamos uma barricada com pneus em chamas. No dia 26 de fevereiro ocupamos a Prefeitura, forçando o vice-prefeito e Secretário de Transportes, Antônio Carlos Borges Júnior, a receber o movimento e discutir nossa pauta de reivindicações, ocasião em que o secretário testa-de-ferro do Sincol destratou os representantes das entidades com ofensas racistas e só enrolou no debate das pautas. Por quatro vezes (dias 11, 18, 26 de março e 2 de abril) ocupamos o terminal central de transbordo e liberamos as catracas, após manifestações que percorreram o centro da cidade trancando as ruas, garantindo ônibus gratuito para a população que usava o transporte coletivo no momento em que ocorriam os atos. Contudo, mesmo assim o prefeito cara-de-pau decretou o aumento da passagem para R$ 1,85, que tinha sido indicado no jogo cênico feito (como todos os anos) pelo Conselho Municipal de Transportes.

Nesse processo de lutas, as entidades que participam do movimento, entre elas o Diretório Acadêmico de História, construíram o Comitê de Luta pelo Transporte Público (CLTP), que reúne além de entidades e militantes do Movimento Estudantil, algumas entidades (ainda que poucas) do movimento sindical e popular de Feira de Santana, e em unidade tem organizado a luta contra o aumento da tarifa, pelo passe-livre, pela estatização do transporte coletivo, contra a retirada do vale de papel e limitação de meia-passagem, além de diversas outras lutas não menos importantes.

A reflexão que deve ser feita neste momento sobre o nosso movimento e a experiência de luta em defesa de um transporte público de verdade são várias. Nos faltam mobilizações de massas, como fora por exemplo em 2003, quando cerca de 5 mil pessoas (principalmente estudantes secundaristas) barraram o aumento de tarifa e fizeram a Prefeitura e o Sincol recuarem. Nos faltam também mais militantes comprometidos, mais organização, mais mobilização de base (principalmente na UEFS), contudo, os diversos grupos e organizações vem conseguindo, mesmo com muitas diferenças, coordenar as lutas e construir a unidade do movimento, sem práticas sectárias ou oportunistas, que há muito vinham prejudicando a unidade dos setores combativos em nossa cidade. Os novos métodos, como as barricadas e liberação de catracas, tem dado um fôlego renovado para o movimento. A conclusão e as lições que podemos tirar desse processo de lutas, é que temos que construir o debate e a luta pelo transporte público “para além dos aumentos”, com uma pauta permanente que nos sirva para fazer agitação nas bases durante todo o ano e preparar o conjunto dos estudantes e dos trabalhadores para as lutas em momentos de ápice. Por isso, acreditamos na centralidade do debate sobre a estatização/municipalização do transporte público , da luta contra o Sincol e a lógica privada (do lucro!) para a gestão do sistema de transportes.

O Comitê de Luta pelo Transporte Público promete mais luta para esta semana, e convida todos e todas para juntos, construirmos o movimento, pois só conquistaremos o transporte público que queremos com mobilização, organização e luta direta.

Morte ao Sincol! Em legítima defesa do povo de Feira de Santana!
Revogação do aumento já! Pela estatização do transporte coletivo!
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